Paulo Flores no Elinga

Apesar de ser dj e estar acostumado com o universo da noite, devo confessar que não tenho mais idade nem energia para jacas homéricas e afters intermináveis. Para ser sincero, ainda não sei se fico totalmente à vontade na noite. Apesar da prática nesses anos todos. Aqui em Angola, pelo menos em Luanda, a noite é uma instituição. As pessoas gostam de sair e saem profissionalmente. Após um período longo de instabilidade e guerra é normal que queiram celebrar. Lugares não faltam e a farra que começa à noite pode terminar na tarde do outro dia. Para os mais animados, vale a emenda já que muitos insistem em não acreditar que a noite acabou. Pra mim, uma bom programa no sábado foi assitir ao show de Paulo Flores. Ele com certeza está entre os mais populares músicos aqui de Angola. Suas letras celebram a vida, refletem o dia-a-dia do país, a paz recém conquistada, mas sem esquecer das mazelas que afligem a maior parte da população que aqui vive. Já cantou com Gil, fez show no Pavilhão Africano da Bienal de Veneza e aqui é bastante respeitado por seus pares. Sua música é calcada em ritmos locais como o semba. Sábado passado tive a sorte de ver um show dele. Muito bom. O show fazia parte de um evento cultural com performances e instalações. A intenção era ser intimista, mas não demorou muito e a plateia já estava dançando.


O concerto foi no Elinga. O primeiro bar que fui por aqui. Um lugar muito legal, que funciona como bar e centro cultural frequentado normalmente pelo povo mais alternativo. O local possui um teatro, onde acontecem peças e shows, mas fez fama mesmo pelo bar, que abre de quinta a sábado, onde é possível ouvir dub, reggae, dnb, house, techno e o que mais passar pela cabeça do dj que estiver tocando no dia.


Um comentário:

Anônimo disse...

Paulo Flores é genial!